"Cuba pode não ser o melhor do mundo, mas é um mundo melhor", defende diplomata cubana
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"Cuba pode não ser o melhor do mundo, mas é um mundo melhor", defende diplomata cubana


"Reaproximação dos EUA significa reconhecimento da resistência do povo cubano diante de sua Revolução!"
Foto: Jussara Silva
Do Coletivo Maruim

Como reflexo do processo de reaproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, iniciado no fim de 2014, o presidente estadunidense Barack Obama anunciou na última quinta-feira (18) que vai visitar ilha caribenha em março. Será a primeira viagem oficial de um presidente dos EUA a Cuba em 88 anos.

Também na semana passada, terça-feira (16) foi anunciado um novo acordo que reestabelecerá rotas regulares de voos comerciais entre os dois países. As empresas aéreas que vencerem a licitação poderão operar um total de 110 voos diários de ida e volta, já a partir do último trimestre deste ano. Atualmente, todos os aviões que fazem diariamente a rota são fretados.

A estatal Cubana de Aviação, no entanto, não poderá operar os novos voos por conta de litígios judiciais contra a empresa nos EUA que poderiam fazer com que seus bens fossem confiscados caso entrassem em território estadunidense.

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O economista cubando Guillermo Andrés Alpizar considera preocupante que o bloqueio tenha se mantido para a empresa estatal cubana. “O ‘bolo’ das receitas com o transporte aéreo, que pode ser muito importante, não vai estar bem repartido”, alertou o professor de Economia Internacional na Universidade de Havana.

A relação entre Cuba e EUA foi reatada em 17 de dezembro de 2014. Durante o discurso em que anunciou a novidade, o presidente dos EUA Barack Obama taxou de “antiquada” a política externa do seu país, que há mais de 50 anos optou por isolar política e economicamente o vizinho socialista.

No mesmo dia, o fato também foi celebrado em rede nacional pelo presidente cubano Raúl Castro que, no entanto, lamentou a manutenção do embargo econômico que está em vigor desde 1961 e atualmente é regulamentado em lei nos EUA. “Entendemos que a primeira causa para o processo de reaproximação é o reconhecimento da resistência do povo cubano, de que o projeto cubano tem credibilidade no país e de que o povo está comprometido em defende-lo”, explica a Cônsul de Imprensa do Consulado de Cuba em São Paulo, Ivette Martinez Leyva.

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Neste último ano, as embaixadas de ambos países foram reabertas, prisioneiros políticos foram libertados e Cuba foi retirada da lista de países considerados terroristas pelos EUA. Apesar de reconhecer vantagens econômicas com geração de novas receitas no turismo, por exemplo, Alpizar avalia que, no momento, a reaproximação entre os dois países não é equitativa. “Cuba continua bloqueada pelos EUA, aí não há reciprocidade”, adverte.

Assista o vídeo da entrevista com a Cônsul cubana Ivette Martinez:



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|#EUAxCuba| APROXIMAÇÃO É RECONHECIMENTO DA REVOLUÇÃO, DIZ CONSULESA CUBANAComo reflexo do processo de reaproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, iniciado no fim de 2014, o presidente estadunidense Barack Obama anunciou na última quinta-feira (18) que vai visitar ilha caribenha em março. Será a primeira viagem oficial de um presidente dos EUA a Cuba em 88 anos.Também na semana passada, terça-feira (16) foi anunciado um novo acordo que reestabelecerá rotas regulares de voos comerciais entre os dois países. As empresas aéreas que vencerem a licitação poderão operar um total de 110 voos diários de ida e volta, já a partir do último trimestre deste ano. Atualmente, todos os aviões que fazem diariamente a rota são fretados.A estatal Cubana de Aviação, no entanto, não poderá operar os novos voos por conta de litígios judiciais contra a empresa nos EUA que poderiam fazer com que seus bens fossem confiscados caso entrassem em território estadunidense.O economista cubando Guillermo Andrés Alpizar considera preocupante que o bloqueio tenha se mantido para a empresa estatal cubana. “O ‘bolo’ das receitas com o transporte aéreo, que pode ser muito importante, não vai estar bem repartido”, alertou o professor de Economia Internacional na Universidade de Havana.A relação entre Cuba e EUA foi reatada em 17 de dezembro de 2014. Durante o discurso em que anunciou a novidade, o presidente dos EUA Barack Obama taxou de “antiquada” a política externa do seu país, que há mais de 50 anos optou por isolar política e economicamente o vizinho socialista. No mesmo dia, o fato também foi celebrado em rede nacional pelo presidente cubano Raúl Castro que, no entanto, lamentou a manutenção do embargo econômico que está em vigor desde 1961 e atualmente é regulamentado em lei nos EUA. “Entendemos que a primeira causa para o processo de reaproximação é o reconhecimento da resistência do povo cubano, de que o projeto cubano tem credibilidade no país e de que o povo está comprometido em defende-lo”, explica a consulesa cubana em SP Ivette Martinez Leyva.Neste último ano, as embaixadas de ambos países foram reabertas, prisioneiros políticos foram libertados e Cuba foi retirada da lista de países considerados terroristas pelos EUA. Apesar de reconhecer vantagens econômicas com geração de novas receitas no turismo, por exemplo, Alpizar avalia que, no momento, a reaproximação entre os dois países não é equitativa. “Cuba continua bloqueada pelos EUA, aí não há reciprocidade”, adverte.Assista o vídeo da entrevista com a consulesa cubana Ivette Martinez:
Publicado por MARUIM em Domingo, 21 de fevereiro de 2016



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