1º de Maio em Cuba: Um ato impressionante de apoio à Revolução
Cuba

1º de Maio em Cuba: Um ato impressionante de apoio à Revolução


 
Texto e fotos de Umberto Martins, em Cuba, via Vermelho
 
Mais de 1 milhão de cubanos participaram da celebração do 1º de Maio em Havana. “Foi uma manifestação impressionante de apoio à Revolução e ao socialismo”, afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, que presenciou o ato a convite da Central dos Trabalhadores Cubanos (CTC).
 
Cerca de 2 mil sindicalistas estrangeiros, provenientes de 72 países e representando 265 entidades sindicais, estiveram presentes. Concentrada nas proximidades da Praça da Revolução, a multidão promoveu uma animada passeata pela avenida Lázaro Penã, enfeitando a marcha com bandeiras de Cuba e retratos de Fidel, Raul, Che, Chavez, os 5 patriotas presos nos EUA e outros líderes revolucionários.
 
 
Homenagem a Chavez
Palavras de ordem em defesa do socialismo e contra o bloqueio imperialista imposto pelos EUA traduziram o caráter da manifestação e conferiram a cor e a força singular do 1º de Maio em Cuba. O secretário-geral da CTC, Salvador Valdez, foi o único orador do ato. O presidente cubano, Raul Castro, também marcou presença, mas não discursou. A classe trabalhadora foi a grande protagonista.
 
 
Valdez homenageou o líder da Revolução Bolivariana Hugo Chavez, reconhecido como “o maior amigo de Cuba”, e manifestou total solidariedade ao atual presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, que no momento conduz uma dura batalha de classes contra a burguesia nativa e o imperialismo estadunidense.
 
O principal dirigente da CTC, recentemente eleito vice-presidente do país, defendeu a integração solidária dos povos da América Latina e Caribe em resposta ao projeto do imperialismo e destacou a participação e o crescente protagonismo do movimento sindical no novo cenário político que emergiu após a eleição de Hugo Chavez, em 1998, e de outros líderes progressistas na região, como Lula, Evo Morales, Pepe Mujica, Rafael Correia e Daniel Ortega, que rejeitaram a Alca e criaram a Unasul e a Celac.
 
 
Valdez também fez referência às mudanças que o governo revolucionário está promovendo em Cuba, com o propósito de construir um “socialismo próspero e sustentável”. Disse que é imprescindível desenvolver as forças produtivas, elevando a produtividade do trabalho, ao mesmo tempo em que consolida e amplia os direitos da classe trabalhadora.
 
Anunciou a elaboração de um Código do Trabalho e chamou atenção para a grave crise do capitalismo, que desta vez afeta principalmente a Europa, EUA e Japão, e constitui séria ameaça à Humanidade à medida que acirra os conflitos sociais e internacionais, agravando o drama do desemprego e da miséria, e induz os países imperialistas a buscar uma saída na guerra.
 
 
“Manifestamos nossa solidariedade às vítimas do capitalismo”, exclamou, concluindo seu discurso com a defesa dos “5 prisioneiros do império” e o repúdio ao bloqueio econômico ilegalmente imposto a Cuba pelos EUA, que também mantêm no país a base militar de Guantânamo, um centro de torturas contra supostos inimigos encarcerados também à margem da lei.
 
“Este belo desfile é uma prova do forte apoio popular à Revolução e à soberania cubana, que avançam em maio a grandes obstáculos e dificuldades”, opinou o presidente da CTB, Wagner Gomes. “O 1º de Maio em Havana significa que a classe trabalhadora e o povo cubano defendem com toda energia as conquistas sociais da Revolução, que em janeiro completou 54 anos, e tem consciência de que a unidade popular é que faz a força da Ilha, e barra o retrocesso pretendido pelo imperialismo.”
 
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