Terroristas anti-Cuba planejaram 14 atentados aéreos contra a Ilha.
“Uma investigação recém-terminada revelou que os terroristas cubano-americanos de Miami planejaram 14 vezes a destruição de aviões cubanos entre 1959 e 1998”, afirmou José Luís Mendez, autor de vários livros sobre o terrorismo contra Cuba.
Numa entrevista realizada por ocasião do 33º aniversário da sabotagem ao avião civil cubano em Barbados, perpetrado em 6 de outubro de 1976, causando a morte de 73 pessoas, Mendez sublinhou que este atentado continua impune.
“As autoridades norte-americanas sabem que o terrorista internacional Orlando Bosch Ávila e sua organização, que inclui Luís Posada Carriles, conceberam a explosão em pleno voo desse avião”,
assinalou. “Isso não é apenas provado pelas investigações realizadas em Cuba: o procurador-geral adjunto norte-americano, Joe D. Whitley, que analisou centenas de documentos públicos e secretos da CIA e do FBI, concluiu que a Coordenação das Organizações Revolucionárias Unidas (Coru), mantida pelos EUA, tinha executado o atentado e que este bando terrorista tinha Bosch como máxima figura”.
“Este procurador recomendou que fosse negado asilo ao terrorista por considerar que constituía uma ameaça para a segurança nacional dos Estados Unidos e o que aconteceu?: George W. Bush, que foi seu chefe na CIA, deu abrigo a Bosch quando era presidente dos Estados Unidos.
Bosch, como Posada Carriles, anda à solta em Miami.”
A seguir a entrevista.
O senhor investigou por muitos anos este tema, a sabotagem ao avião da Cubana de Aviação, em 6 de outubro de 1976, foi a única?
José Luís Mendez – Uma investigação recente revelou que os terroristas anticubanos entre 1959 e 1998 idealizaram 14 planos deste tipo. O de Barbados foi um dos poucos bem-sucedidos, mas fizeram muitas ameaças, quase conseguem materializá-lo no Panamá e na Jamaica.
Mas também acrescento que causaram a morte de umas 100 pessoas e 89 feridas por estes planos criminosos. Não apenas os aviões sofreram atentados, como também aeroportos, agências de viagens, de Jean-Guy Allard carga, linhas aéreas, no total 118 ações terroristas nesse mesmo período de tempo que mencionei.
Cuba foi o país com maiores prejuízos. E os Estados Unidos?
J.L.M. – Sim, propriedades, cidadãos cubanos e entidades de Cuba foram prejudicados, como também cidadãos e entidades de outros 14 países. Os Estados Unidos foram vítimas das ações desses terroristas que toleram e protegem; esse inimigo interno que habita suas cidades, que propugna pela violência extrema para conseguir seus objetivos de derrubar a Revolução. Como você sabe, o terrorismo das organizações anti-Castro é um caso doméstico nos Estados Unidos que ainda não foi resolvido, têm o inimigo dentro.
Por que, em sua opinião, os meios de comunicação norte-americanos ignoram esta realidade?
J.L.M. – Se as atuais gerações de estadunidenses ignoram esse fato é porque são manipuladas, ocultam a verdade delas. Têm diante de si um muro de silêncio. Ignoram que das 118 ações de terror executadas pelos terroristas de origem cubana contra entidades da aviação civil e associadas a esta, 35 foram contra propriedades norte-americanas, isto é, 30% do total. Ocorreram em território norte-americano, em diversas cidades, 78 fatos, quer dizer, 66% do total. Isso demonstra até onde estes criminosos são uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos.
Há esperança de Bosch e Posada Carriles serem julgados por todos os delitos cometidos?
J.L.M. – Há de se lutar para que estes criminosos saldem suas dívidas com a justiça dos povos e para que finalmente sejam dissolvidas as organizações terroristas anticubanas, que contam com o amparo das autoridades norte-americanas, a fim de que esse terrorismo não mais seja uma ameaça para nenhum país. Que a realidade seja conhecida e que abra caminho à verdade.
Fonte: Granma
Retirado do informativo SÍNTESE CUBANA (maiores informações - CASA DE AMIZADE BRASIL-CUBA / RN <[email protected]>