Cuba
ALBA - Discurso de Raul Castro
A história comum de dois séculos nos ensina que apenas temos uma alternativa: unirmo-nos, lutarmos e vencermos
● Discurso proferido pelo presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Raúl Castro Ruz, na 9ª Cúpula da ALBA-TCP, efetuada na República Bolivariana da Venezuela, em 19 de abril de 2010, "Ano 52 da Revolução"
(Tradução das versões estenográficas do Conselho de Estado)
CARO e prezado companheiro Hugo Chávez Frias, presidente da República Bolivariana da Venezuela;
Caros e prezados chefes de Estado e de Governo aqui presentes;
Delegados e convidados;
Venezuelanos e venezuelanas:
Estamos emocionados por estar na Venezuela hoje 19 de abril, comemorando o 200º aniversário do início da luta libertadora que significaram as lutas pela independência nas colônias espanholas na América.
Foi o embrião dum primeiro processo integrador da América Latina, pois Bolívar compreendeu muito precocemente o destino dos povos de nossa região. Todo o que fazemos agora pela integração da América Latina e do Caribe começou precisamente aqui, um dia como hoje, há dois séculos.
Aproveito a oportunidade para, em nome do povo cubano e de Fidel, transmitir a todos os venezuelanos e venezuelanas nossa sincera felicitação nesta data memorável e a eterna gratidão perante a memória de seu herói principal, o Libertador Simón Bolívar, de quem Martí disse "... em calma não se pode falar daquele que não viveu jamais nela: de Bolívar se pode falar com uma montanha por tribuna, ou entre relâmpagos e raios, ou com um feixe de povos livres no punho e a tirania descabeçada aos pés...!"
Hoje também tem lugar a Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, que fazemos neste momento e outros companheiros estiveram trabalhando nos últimos dias nos documentos que nos foram apresentados, organização integradora de novo tipo, fiel seguidora do legado de nossos próceres. A ALBA continua avançando de maneira sustentada para saldar a dívida social com nossos povos.
A declaração de vários de seus Estados membros como territórios livres de analfabetismo; a formação de recursos humanos, especialmente nas áreas de saúde e de educação; o estudo clínico genético psicossocial de pessoas com deficiências, obra de enorme impacto humano, são alguns dos processos que sobressaem em nossa Aliança.
Os avanços na integração comercial e financeira, assim como os esforços em pós da soberania energética, alimentar, tecnológica e noutras áreas chaves da economia, são também contribuições destacadas de nossa organização.
Coincide também hoje 19 de abril — como lhes dizia há um instante — com o 49º aniversário da vitória do povo cubano perante a invasão mercenária da Baía dos Porcos, a primeira derrota do imperialismo neste hemisfério. Em apenas 72 horas, sob a condução direta do Comandante-em-chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz (Aplausos), nossos combatentes das Forças Armadas e os milicianos, mediante enérgicos contra-ataques e ininterruptas ações, fizeram render o contingente invasor, selecionado e treinado pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos e apoiado pela frota naval norte-americana que os protegeu até as costas cubanas e teve que se resignar e ser testemunha do estrepitoso descalabro daquela aventura.
Há apenas alguns dias nossa imprensa, rememorando a data, recordava-nos a grande campanha na mídia que acompanhou a agressão militar, primeiro tentaram fazer ver que em 15 de abril de 1961 os bombardeios às bases aéreas por aviões pintados com as insígnias cubanas, foram realizados por nossos pilotos, supostamente inconformados com o rumo da Revolução. Em 17 de abril quando se iniciou a invasão, as agências de imprensa norte-americanas difundiam todo tipo de mentiras, por exemplo, afirmavam que a segunda cidade de Cuba, Santiago de Cuba, já estava nas mãos dos invasores, que nossa milícia estava dispersa, que Fidel era foragido e eu estava detido, chegaram ao absurdo de informar ao mundo a tomada do porto da cidade de Bayamo que, por sinal, não tem costa e é situada no centro da antiga província de Oriente, a mais larga do país. Essa campanha nos recorda a de agora e as contínuas campanhas que fazem contra muitos dos países aqui presentes.
A Revolução Cubana em seus 50 anos não pôde ser nem será destruída com o bloqueio, a subversão e a mentira. Cuba, tal como a Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador, num grau ou outro, são o alvo preferido de ferozes e caluniosas campanhas na mídia, organizadas e financiadas pelos centros do poder hegemônico nos Estados Unidos, as oligarquias locais e, nalguns casos, a União Europeia.
Já vimos, há menos de um ano, como foi executado um golpe de Estado em Honduras, país então integrante da ALBA, com a cumplicidade e o apoio do imperialismo e seus instrumentos da comunicação social. Nossos povos devem aprender as lições que derivam destes fatos e não se deixarem confundir nunca pelos cantos de sirene a que somos submetidos a diário nem ceder jamais à chantagem nem à pressão.
A experiência do longo e doloroso caminho percorrido na história comum de dois séculos nos ensina que apenas temos uma alternativa: unirmo-nos, lutarmos e vencermos (Aplausos).
Adiro às palavras, que também pronunciou Evo, de felicitação ao povo venezuelano, a todos os representantes que participaram desse magnífico desfile de hoje que nos encheu de emoção do princípio a fim (Aplausos e exclamações), e ver um povo puro já armado, além de suas gloriosas Forças Armadas que podem ver-se avançando a olhos vistos; ver os estudantes presentes no desfile e nas tribunas, os camponeses, os operários, as múltiplas manifestações culturais, muitas delas ou a maioria desconhecida pelo menos por mim e que demonstram a riqueza deste povo, igual que os outros povos irmãos do continente. Tudo isso que vi, apesar de tê-lo feito pessoalmente, quero ver de novo num vídeo, como se diz, num DVD, para desfrutá-lo melhor, porque as câmeras de televisão tomam — como me dizia Chávez — muitas vistas melhores e que escapam a nós ali presentes.
Para concluir, quero me somar também a um viva às Forças Armadas e ao povo armado venezuelano! (Exclamações de: "Viva!")
Viva o 200º aniversário do início das lutas libertadoras de nossa América! (Exclamações de: "Viva!")
Vivam as gloriosas mulheres venezuelanas que hoje vimos marchar com elegância, prestância e beleza! (Exclamações de: "Viva!")
Viva a Revolução Bolivariana! (Exclamações de: "Viva!")
Viva Chávez! (Exclamações de: "¡Viva!")
Muito obrigado.
Fonte: www.granma.cu
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