Caros estudantes e as pessoas aqui presentes:
Em 27 de janeiro de 1953, centenas de estudantes universitários, jovens e pessoas iluminaram com suas tochas acesas a mesma Alma Mater que iluminamos hoje. Por iniciativa da FEU e da Frente Cívica de Mulheres Martianas, se gestou a marca com tochas desta colina até Fragua, em homenagem real a José Martí, rejeitando a caricatura que o ditador Batista tentou fazer desta data. A geração do Centenário engrossou a marcha: era a ante-sala do despertar do Mestre.
Seis anos depois, com o triunfo de 1959, as idéias de Martí tomaram forma na Revolução que nascia e cada vontade do Mestre edificou gerações. Por isso, é um absurdo que nos tentem apresentar Martí como o símbolo de uma antítese. Nosso Herói Nacional vive no cotidiano desta pátria. O verdadeiro Martí está presente na mobilização espontânea e na solidariedade dos estudantes, jovens e povo cubano com o povo irmão haitiano; está presente na indignação que sentimos com cada soldado ianque que desembarca no Haiti, em nome da liberdade e da democracia.
O antiimperialismo e o latino-americanismo de Marti figuram no exemplo de toda uma nação que se manteve por 51 anos em uma Revolução, que possuí como primeira lei a plena dignidade do homem, e não faz distinção entre o país e a humanidade. A figura desta Revolução é o de um David que desnuda, com sua onda, as entranhas de um grande monstro.
As tochas que acendemos hoje iluminam não apenas as idéias do Mestre, mas também de seu maior discípulo, Fidel Castro Ruz, assim como sua prática e sua obra. Essas tochas iluminam nossa Revolução e seus frutos: nós, os jovens que estão dispostos a defendê-la, continuar a aperfeiçoá-la e a imortalizar.
Em abril vamos comemorar o IX Congresso da Juventude Comunista, quando vamos discutir nossas conquistas, dificuldades, desafios e compromissos. A maior aspiração deste Congresso é que todos nós, jovens cubanos, sejamos capazes de praticar as verdades e a essência martiniana, como única maneira de existir como um Estado soberano.
Com a clareza dos ensinamentos do Mestre e diante das manobras do Norte revolto e brutal que nos despreza, Raul nos alertou, na última sessão do Parlamento:
"... Cresce o fomento da subversão aberta e encoberta, contra Cuba. O inimigo está tão ativo quanto sempre. Nos últimos meses se desenrolou uma campanha orquestrada pelo establishment norte-americano, com o concurso dos grandes meios de comunicação, com o objetivo de mostrar de fazer ver que cresce a repressão no país. Para eles organizarem e incentivarem os seus antipatriotas assalariados que incrementem a atividade provocadora em nossas ruas e, até o fazem, acompanhados pela imprensa internacional e funcionários diplomáticos, desafiando as convenções internacionais sobre o assunto”
Aos inimigos, traidores e vende-pátrias reafirmamos a nossa mensagem: estas ruas, como todos as ruas de Cuba, têm dono. São nossas, porque foram de Mella, Guiteras, José Antonio, Fructuoso, Camilo e El Che; são nossas, porque andou por elas cinco cubanos que estão presos nos Estados Unidos para defendê-las; são nossas, porque nós não nos vendemos; são nossas, porque o exemplo de Fidel e a luz de suas idéias não desaparecem. Essas ruas, como todas as de Cuba, são daqueles que estão dispostos a morrer por elas.
Dá-me o jugo, ó minha mãe, de maneira que posto em meu pé, mostre melhor em minha frente, a estrela que ilumina e mata.
Eterna glória ao nosso Herói Nacional!
Viva la Revolução!
Viva Fidel e Raúl!
Pátria ou Morte
Venceremos!
Fonte: LA ISLA DESCONOCIDA