Cuba
Escrito por Ana Júlia Melo
Fonte: FAC-UNB
O ciclo de debates sobre os 52 anos da revolução cubana ocorreu no auditório do Memorial Darcy Ribeiro na manhã da última quarta-feira, 29. O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Rafael Zamora Rodríguez, e o reitor da Universidade de Brasília, professor José Geraldo Júnior, abriram a cerimônia. Carlos Zamora agradeceu a oportunidade de aproximar os dois países. “É de grande importância esse intercâmbio entre Cuba e o Brasil depois de um período sem vínculos diplomáticos”, disse o embaixador.
Organizado pelo Núcleo de Estudos Cubanos (NESCUBA) em parceria com a Embaixada de Cuba, o evento contou com palestrantes cubanos e brasileiros. Amplamente discutido, o tema do processo de flexibilização e adaptabilidade do país ao mundo de hoje foi ressaltado na pergunta feita pelo professor do Instituto de Relações Internacionais, José Flávio Saraiva, sobre como avançar os valores cubanos, agora globalizados, no mundo que virá.
A revolução cubana, que aconteceu em janeiro de 1959, além de um movimento armado que derrubou o ditador Fulgencio Batista, também é vista como uma série de programas sociais e econômicos implementados pelo novo governo. Essa prática política e social não se limitou à utopia. O país obteve conquistas como a eliminação da miséria, a alfabetização de massa e uma campanha de saúde que atinge toda a população. O apoio soviético e o alinhamento do país ao bloco socialista motivaram o embargo econômico americano ao país.
Na fala de Hélio Doyle, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação, fica clara a dificuldade que sempre tivemos, os brasileiros, em compreender o que realmente foi e é o mito cubano. Segundo Doyle, o desconhecimento da situação levou a diversas conclusões erradas. “Sempre havia a dúvida da sobrevivência de Cuba, foi assim com a queda da União Soviética, com a saída de Fidel Castro, e agora com o movimento do congresso cubano”, afirmou o professor.
Participação da imprensa
Rosa Miriam Elizalde, jornalista do site Cuba Debate, reclama das dificuldades enfrentadas pelo país no acesso a internet. Os Estados Unidos também impedem, não só a entrada comercial de tecnologia, mas o acesso e a produção de conteúdo. Segundo Elizalde, o governo tem investido nos jovens e no desenvolvimento tecnológico, mas isso não é suficiente. Ela explica que são necessários três pontos para solucionar o problema: cultura digital, infra-estrutura de rede e inversão para conexão. “Quem não tem aceso a tecnologia, não existe. Há um bloqueio tecnológico tão cruel quanto o econômico”, disse a jornalista.
O jornalista e presidente da TV Cidade Livre em Brasília, Carlos Alberto Almeida, conta que Cuba tem a maior taxa de justiça social do mundo e é exemplo no que se trata de políticas sociais. Para Zuleika Romay, presidente do Instituo do Livro em Cuba, o maior patrimônio do país é a população. “O debate sobre as transformações não dizem respeito à decadência ou fim do nosso socialismo”, afirma.
- Embaixador Cubano Despede Das Funções Diplomáticas No Brasil
O embaixador cubano (o 3o da dir. para esq.) posa para fotos com parlamentares do Grupo Brasil-Cuba Por Márcia Xavier no Vermelho A presidenta do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e o deputado Josias Gomes (PT-BA)...
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Em visita extra oficial à Bahia, o embaixador de Cuba, Rafael Fidalgo Fernandez (*), acompanhado do embaixador da Venezuela, Maximilien Arvelaoz, passaram a tarde da última sexta-feira em visita ao Centro Histórico de Salvador, saboreando a tradicional...
- Norelys Em Caxias Do Sul.
Blogueira cubana debate redes sociais e liberdade de imprensa Fonte: VERMELHO Bate-papo acontece na próxima quarta-feira (6), a partir das 19h45, no Bloco M da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Sala Florense, na cidade de Caxias do Sul (RS). O evento...
- Iiª Convenção Baiana De Solidariedade A Cuba!
Dia e hora: 28/05/2011, das 9hs às 14hs (sábado) Local: Auditório do Sindicato dos Bancários, Salvador/Bahia. Presenças: Carlos Rafael Zamora Rodriguez - Embaixador de Cuba no Brasil, Socorro Gomes - Presidente do Cebrapaz e do Conselho Mundial da...
- Entidades Pedem O Fim Do Bloqueio A Cuba Em Manifestação Em Brasília
Fonte: MST Cerca de 200 militantes da Via Campesina, somado a estudantes, professores universitários e sindicalistas fizeram um ato de solidariedade a Cuba em frente a embaixada do país, em Brasília, no começo da tarde de Brasília. O embaixador...
Cuba
Ciclo de Debates "A Revolução Cubana, 52 anos depois" reúne especialistas cubanos e brasileiros
Escrito por Ana Júlia Melo
Fonte: FAC-UNB
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| A mesa contou com a participação de palestrantes cubanos e brasileiros |
O ciclo de debates sobre os 52 anos da revolução cubana ocorreu no auditório do Memorial Darcy Ribeiro na manhã da última quarta-feira, 29. O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Rafael Zamora Rodríguez, e o reitor da Universidade de Brasília, professor José Geraldo Júnior, abriram a cerimônia. Carlos Zamora agradeceu a oportunidade de aproximar os dois países. “É de grande importância esse intercâmbio entre Cuba e o Brasil depois de um período sem vínculos diplomáticos”, disse o embaixador.
Organizado pelo Núcleo de Estudos Cubanos (NESCUBA) em parceria com a Embaixada de Cuba, o evento contou com palestrantes cubanos e brasileiros. Amplamente discutido, o tema do processo de flexibilização e adaptabilidade do país ao mundo de hoje foi ressaltado na pergunta feita pelo professor do Instituto de Relações Internacionais, José Flávio Saraiva, sobre como avançar os valores cubanos, agora globalizados, no mundo que virá.
A revolução cubana, que aconteceu em janeiro de 1959, além de um movimento armado que derrubou o ditador Fulgencio Batista, também é vista como uma série de programas sociais e econômicos implementados pelo novo governo. Essa prática política e social não se limitou à utopia. O país obteve conquistas como a eliminação da miséria, a alfabetização de massa e uma campanha de saúde que atinge toda a população. O apoio soviético e o alinhamento do país ao bloco socialista motivaram o embargo econômico americano ao país.
Na fala de Hélio Doyle, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação, fica clara a dificuldade que sempre tivemos, os brasileiros, em compreender o que realmente foi e é o mito cubano. Segundo Doyle, o desconhecimento da situação levou a diversas conclusões erradas. “Sempre havia a dúvida da sobrevivência de Cuba, foi assim com a queda da União Soviética, com a saída de Fidel Castro, e agora com o movimento do congresso cubano”, afirmou o professor.
Participação da imprensa
Rosa Miriam Elizalde, jornalista do site Cuba Debate, reclama das dificuldades enfrentadas pelo país no acesso a internet. Os Estados Unidos também impedem, não só a entrada comercial de tecnologia, mas o acesso e a produção de conteúdo. Segundo Elizalde, o governo tem investido nos jovens e no desenvolvimento tecnológico, mas isso não é suficiente. Ela explica que são necessários três pontos para solucionar o problema: cultura digital, infra-estrutura de rede e inversão para conexão. “Quem não tem aceso a tecnologia, não existe. Há um bloqueio tecnológico tão cruel quanto o econômico”, disse a jornalista.
O jornalista e presidente da TV Cidade Livre em Brasília, Carlos Alberto Almeida, conta que Cuba tem a maior taxa de justiça social do mundo e é exemplo no que se trata de políticas sociais. Para Zuleika Romay, presidente do Instituo do Livro em Cuba, o maior patrimônio do país é a população. “O debate sobre as transformações não dizem respeito à decadência ou fim do nosso socialismo”, afirma.
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O embaixador cubano (o 3o da dir. para esq.) posa para fotos com parlamentares do Grupo Brasil-Cuba Por Márcia Xavier no Vermelho A presidenta do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e o deputado Josias Gomes (PT-BA)...
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