Parlamento cubano conclama a multiplicar a luta em favor dos Cinco
Declaração de Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional de Cuba
A Corte Suprema dos Estados Unidos anunciou hoje, sem mais explicações, sus decisão de não rever o caso de nossos Cinco companheiros injustamente encarcerados naquele país por lutar contra o terrorismo anti-cubano auspiciado pelos governantes norte-americanos. Os juizes fizeram o que lhes pediu a administração de Obama.
Apesar dos sólidos argumentos esgrimidos pelos advogados de defesa ante as evidentes e múltiplas violações legais cometidas durante todo o processo, e desconhecendo o universal respaldo a esta petição, expressado num número sem precedentes de documentos de "amigos da Corte", entre eles, de 10 prêmios Nobel, centenas de parlamentares e numerosas organizações de juristas internacionais e norte-americanos e de destacadas personalidades políticas e acadêmicas, a Corte Suprema rechaçou o caso, ignorando o clamor da Humanidade e sua obrigação de fazer justiça.
Uma vez mais se manifesta a arbitrariedade de um sistema corrupto e hipócrita e seu cruel ódio contra nossos Cinco irmãos.
Nossa luta até conseguir sua libertação não diminuirá nem um instante. Agora é o momento de reforçar nossas ações, sem deixar nem um só espaço por cobrir nem uma porta a bater.
Estamos seguros que Gerardo, Antonio, Fernando, Ramón e René continuarão, como o fizeram durante esses quase 11 anos, encabeçando esta batalha.
Diante da infame decisão, Gerardo Hernández Nordelo declarou:
"Baseado na experiência que temos tido, não me surpreende a decisão da Corte Suprema. Não tenho nenhuma confiança no sistema de justiça dos Estados Unidos. Não resta já qualquer dúvida que nosso caso vem sendo, desde o princípio, um caso político porque não somente tínhamos todos os argumentos legais necessários para que a Corte o revise, como também contamos com o crescente apoio internacional refletido nos “Amicus Curiae” apresentados à Corte em nosso favor. Reitero o que disse há um ano atrás, em 4 de junho de 2008, que enquanto reste uma pessoa lutando fora, nós continuaremos resistindo até que se faça justiça".
A luta deve multiplicar-se até obrigar o Governo norte-americano a pôr fim a esta monstruosa injustiça e devolver a liberdade a Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René.
Presidência da Assembleia Nacional do Poder Popular - 15 de junho de 2009