Cuba
Cúpula das Américas, a polêmica segue em pé
Por Enrique Torres, enviado especial
Porto Espanha, 19 abr (Prensa Latina) A V Cúpula das Américas concluirá hoje nesta capital com outra sessão a porta fechada, cujo epílogo continua sendo uma incógnita devido à polêmica existente em torno do projeto de declaração final.
Vários presidentes, entre estes o venezuelano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales e o equatoriano Rafael Correa, reiteraram as reservas em torno do documento, que passa por alto pela crise global e ignora a política de bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.
O texto já foi recusado na recente reunião na Venezuela dos países da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), integrada pela nação anfitriã, Nicarágua, Honduras,Bolivia, Cuba, Dominica e San Vicente e as Granadinas.
O presidente Correa afirmou na véspera que o projeto de declaração final "não reflete a crise econômica que vivemos, que não é uma crise conjuntural, que é uma crise do sistema capitalista, e as soluções pretendidas legitimam os responsáveis pela crise, por exemplo o Fundo Monetário Internacional".
Na opinião do mandatário, as alternativas colocam nas mãos dos coveiros em vez de colocar nas mãos dos ressuscitadores, daí que qualificou o documento como "light".
"Nós temos uma posição muito firme e não acho que haja tempo de mudar esse texto e como não há tempo não vamos assiná-lo, posso falar por mim e pelos países da ALBA", expressou por sua vez Chávez.
A jornada deste sábado viu aflorar novamente dois temas ausentes do projeto de declaração, mas que desde o começo da cúpula na sexta-feira última têm estado na ordem do dia.
Um deles, o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, emergiu tanto nas sessões dos mandatários como nas coletivas de imprensa.
O presidente Morales em um encontro com repórteres afirmou que seu homólogo estadunidense, Barack Obama, deveria escutar à comunidade internacional, que há 17 anos exige o fim essa política hostil para a Ilha.
"Obama tem a obrigação de consertar os danos econômicos e políticos ocasionados ao país caribenho", indicou.
Em relação à crise global e seus desafios para a América Latina, o premiê de Jamaica, Bruce Golding,assegurou que o mundo vai ser mais difícil do que era antes.
A presidenta chilena, Michelle Bachelet, defendeu medidas conjuntas que priorizem ao povo, devido ao alto custo da conjuntura financeira, enquanto o hondurenho, Manuel Zelaya, fez referência ao tema da pobreza e a dependência do capital privado.
Também a detonação de Wall Street, acontecimento que deu passo à crise, foi abordada pelo governante. A consequência primordial tem sido um desemprego em massa, agregou.
Zelaya chamou a combater a fome e as causas que provocam a emigração do sul para o norte através das fronteiras mexicanas, a qual se move em função da demanda de mão de obra e capital humano.
O premiê do Canadá, Stephen Harper e o presidente estadunidense fizeram questão de fórmulas financeiras, entre elas a capitalização do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
leg/et/bj
Fonte: Prensa Latina
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Cuba
CÚPULA DAS AMÉRICAS
Cúpula das Américas, a polêmica segue em pé
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Porto Espanha, 19 abr (Prensa Latina) A V Cúpula das Américas concluirá hoje nesta capital com outra sessão a porta fechada, cujo epílogo continua sendo uma incógnita devido à polêmica existente em torno do projeto de declaração final.
Vários presidentes, entre estes o venezuelano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales e o equatoriano Rafael Correa, reiteraram as reservas em torno do documento, que passa por alto pela crise global e ignora a política de bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba.
O texto já foi recusado na recente reunião na Venezuela dos países da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), integrada pela nação anfitriã, Nicarágua, Honduras,Bolivia, Cuba, Dominica e San Vicente e as Granadinas.
O presidente Correa afirmou na véspera que o projeto de declaração final "não reflete a crise econômica que vivemos, que não é uma crise conjuntural, que é uma crise do sistema capitalista, e as soluções pretendidas legitimam os responsáveis pela crise, por exemplo o Fundo Monetário Internacional".
Na opinião do mandatário, as alternativas colocam nas mãos dos coveiros em vez de colocar nas mãos dos ressuscitadores, daí que qualificou o documento como "light".
"Nós temos uma posição muito firme e não acho que haja tempo de mudar esse texto e como não há tempo não vamos assiná-lo, posso falar por mim e pelos países da ALBA", expressou por sua vez Chávez.
A jornada deste sábado viu aflorar novamente dois temas ausentes do projeto de declaração, mas que desde o começo da cúpula na sexta-feira última têm estado na ordem do dia.
Um deles, o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, emergiu tanto nas sessões dos mandatários como nas coletivas de imprensa.
O presidente Morales em um encontro com repórteres afirmou que seu homólogo estadunidense, Barack Obama, deveria escutar à comunidade internacional, que há 17 anos exige o fim essa política hostil para a Ilha.
"Obama tem a obrigação de consertar os danos econômicos e políticos ocasionados ao país caribenho", indicou.
Em relação à crise global e seus desafios para a América Latina, o premiê de Jamaica, Bruce Golding,assegurou que o mundo vai ser mais difícil do que era antes.
A presidenta chilena, Michelle Bachelet, defendeu medidas conjuntas que priorizem ao povo, devido ao alto custo da conjuntura financeira, enquanto o hondurenho, Manuel Zelaya, fez referência ao tema da pobreza e a dependência do capital privado.
Também a detonação de Wall Street, acontecimento que deu passo à crise, foi abordada pelo governante. A consequência primordial tem sido um desemprego em massa, agregou.
Zelaya chamou a combater a fome e as causas que provocam a emigração do sul para o norte através das fronteiras mexicanas, a qual se move em função da demanda de mão de obra e capital humano.
O premiê do Canadá, Stephen Harper e o presidente estadunidense fizeram questão de fórmulas financeiras, entre elas a capitalização do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
leg/et/bj
Fonte: Prensa Latina
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