Declaração final da Brigada sul-americana de solidariedade a Cuba - 2016
Cuba

Declaração final da Brigada sul-americana de solidariedade a Cuba - 2016


Declaração final - XXIII Brigada Sul-Americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade a Cuba


Nós, os 202 delegados da XXIII Brigada Sul-Americana do Brasil, Chile e Argentina, no 163º aniversário de José Martí, na Segunda Conferência Internacional “Com Todos e Para o Bem de Todos”, no 55º aniversário do ICAP, organismo encarregado da organização dessa brigada, e no 44º aniversário do CIJAM, acampamento que nos acolhe, declaramos o seguinte.

O novo contexto geopolítico de nossa América Latina, onde se evidencia um notório avanço da direita neoliberal e um possível retrocesso da integração entre nossos países. Entendemos que é determinante para as relações futuras de nossa Grande Nação, organizar a resistência e articular a luta dos movimentos sociais para defender a liberdade e a igualdade de nossos povos.

A participação nas diferentes atividades tais como a mencionada Conferência, as visitas a lugares históricos e emblemáticos de Cuba e as oportunidades de encontro com seu povo nos permitiram uma aproximação melhor da realidade atual da sociedade cubana. Assim gostaríamos de ressaltar:

• O grande trabalho do processo revolucionário cubano em garantir e proteger os direitos humanos e sociais de seu povo tais como: acesso universal a saúde, a educação, a moradia e a cultura.

• Os valores de solidariedade, unidade, igualdade, compromisso com os princípios e ideais que são fruto do processo de luta revolucionária que se refletem na unidade e organização social que pudemos vivenciar em cada uma das experiências.

• O papel das novas gerações e o compromisso de renovar e encarar a atualização do projeto da Revolução, compreendendo o enorme desafio que isto implica.
• A solidariedade internacional manifestada em torno da luta pelo retorno dos cinco heróis antiterroristas a Cuba presos injustamente nos Estados Unidos.

• A resistência ante os incansáveis ataques imperialistas e midiáticos contra a Revolução.
Em consequência exigimos:

• O fim definitivo do embargo genocida imposto pelos Estados Unidos, sanção arbitrária e cruel que provoca o isolamento da ilha e o sofrimento do povo cubano. O bloqueio deve acabar para que Cuba possa explorar todo seu potencial, expandir seu comércio, sua rica cultura, seus princípios, fortalecer seus laços de amizade e cooperação com outras nações e proporcionar maiores benefícios a sua população.

• O fim da campanha midiática negativa contra o povo cubano, responsabilidade dos meios de comunicação imperialistas que distorcem sua história, desacreditando e deslegitimando a Revolução com o objetivo de subverter seu sistema político e de governo.

• A retirada da base naval controlada pelos Estados Unidos em Guantánamo que representa uma clara violação da soberania e independência do povo cubano e da devolução do território ilegalmente ocupado a seus legítimos donos.

• Ao fechamento de todas as bases militares na região e no mundo, assim como nossa adesão ao acordo firmado pela CELAC e pela UNASUR que declara a região da América Latina e Caribe como zona de paz.

Nós, 202 brigadistas nos comprometemos a:

• Exercer pressão política nos organismos governamentais internacionais mobilizando a população para denunciar e exigir o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba.

• Apoiar as ações que as organizações de solidariedade a Cuba desenvolvem em nossos respectivos países a favor desse país irmão para combater essehorrívelcrime.

• Gerar uma mobilização popular para boicotar os veículos de informação que de modo intencional e covarde destroem a imagem do país e sua luta revolucionária. Nos comprometemos a produzir e propiciar canais alternativos de comunicação com o objetivo de conhecer a realidade cubana.

• Promover as brigadas de trabalho voluntário organizadas pelo ICAP com o objetivo de que se conheça de perto a realidade cubana e os esforços de seu povo em construir uma sociedade mais equitativa apesar dos desafios econômicos enfrentados.

• Expressar nossa mais enérgica oposição por todas as vias e em todos os fóruns possíveis das tentativas imperialistas de negar a Cuba seu direito a independência, soberania e autodeterminação.

• Divulgar a celebração da Jornada Internacional contra o bloqueio em Washington D.C. em Setembro e no VIII Encontro Continental de Solidariedade a Cuba a ser celebrado na República Dominicana em Julho de 2016.

• Difundir e defender os ideais que se baseiam a Revolução Cubana, a aprofundar a amizade e unidade dos povos latino-americanos e caribenhos como objetivo dessa missão, recordando e praticando o legado de José Martí: “Pátria é humanidade”.

Saudamos o 90º aniversário do Comandante Chefe e líder da Revolução, nosso companheiro Fidel Castro, símbolo vivo presente e futuro da Revolução Cubana e da união de todos os povos.

Agradecemos enormemente ao ICAP, ao CIJAM, a AMISTUR e as delegações das províncias de Santiago de Cuba, Camagüey, Villa Clara e Ciego de Ávila pela organização dessa Brigada e calorosa acolhida que nos proporcionaram.

Compreendendo a importância dessa experiência para o fortalecimento da solidariedade e da amizade entre os povos, consideramos um dever nos inspirarmos nas vivências e aprendizagens que obtemos em Cuba para construir uma realidade mais justa, solidária e igualitária em nossos respectivos países.

“Até a vitória, sempre!”

Viva Cuba!

Viva a Revolução!

Viva Fidel!

Viva a irmandade entre os povos da Grande Nação!

Caimito, Artemisa, 6 de Fevereiro de 2016.


23a Brigada Sudamericana do Solidaridade com Cuba
Publicado por Granma - Português em Terça, 9 de fevereiro de 2016



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