Guantánamo - A rapidez, disciplina e cooperação caracterizaram as ações de cerca de 30 mil pessoas evacuadas nesta terça-feira (12), por orientação do Conselho de Defesa Municipal (CDM) de Baracoa, diante o possível perigo de um tsunami.
A mobilização foi declarada, na sequência do terremoto de magnitude 7, que ocorreu às 16:53 horas, na cidade de Carrefour, a 15km de Porto Príncipe, a capital da ilha vizinha do Haiti.
Depois de indicado o alerta indicado pelo CDM, em menos de uma hora, conseguiu-se deslocar, para as partes altas da cidade, os moradores e vizinhos do Malecón baracoense e das áreas costeiras de: Cabacú, El Turey e Mabujabo, afirmou Solvisión Eudis Romero Suarez, presidente do CDM e Primeiro-Secretário do Partido Comunista em Baracoa.
Informou, ainda, que as pessoas deslocadas até a zona montanhosa de Paraíso, Joa e Jaitecico - entre 4:45 e às 6 da tarde - voltaram para suas casa às 7 da noite, uma vez confirmada pelo Estado-Maior da Defesa Civil a ausência de perigo para a área.
O dirigente salientou que, juntamente com os quadros do Partido no território, foram protagonistas desta ação preventiva a Defesa Civil, as organizações de massa, as Forças Armadas Revolucionárias e o Ministério do Interior.
Orlando Tardo Borges, chefe da Defesa Civil no segundo município mais importante da província de Guantánamo, disse que durante seus 22 anos como chefe desse organismo, “nunca havia visto uma mobilização tão grande ser realizada em tão pouco tempo, e com tanta coesão”.
Ele lembrou que quando o mar de leva e o furacão Ike, que atingiram a Cidade Primada de Cuba, em março e setembro de 2008, foram transferidas de suas casas, 40 mil baracoenses, mas com previsões disponíveis mais cedo e por isso, com mais tempo de agir do que agora.
A nota da Defesa Civil de Cuba sobre o terremoto no Haiti, divulgado hoje, afirma que os movimentos sísmicos ocorridos foram percebidos em vários pontos da região sudeste do país, e ativaram o sistema de alerta de tsunami do Caribe, com ameaças para Cuba, Bahamas e República Dominicana, conforme relatou a cadeia televisiva. CNN.
A nota explica que se alertou sobre essa ameaça às autoridades das províncias de Guantánamo e Santiago de Cuba, e que até aquele momento não haviam relatado nenhuma elevação do mar, nas costas desses territórios.
Fonte: SOLVISIÓN - TV GUANTÁNAMO
Tradução: Robson Luiz Ceron