Cuba

Evo Morales destaca 50º aniversário da Revolução cubana

O presidente boliviano, Evo Morales, destacou hoje (16) aqui a importância da Revolução cubana, cujo triunfo em 1959 possibilitou que pudéssemos empreender desde 2006 um plano nacional de alfabetização.

Morales presidiu na província de Tiraque, o ato de declaração do estado de Cochabamba (centro) como território livre de analfabetismo, o quarto em atingir esse triunfo, depois de Oruro (13 de março), Santa Cruz (7 de outubro) e Pando (11 de outubro).

O chefe de Estado alentou nesse sentido às autoridades locais e nacionais a viajar a Havana, no próximo 1º de janeiro, cobrindo seus gastos, para festejar a vitória do povo cubano, em uma delegação que liderará.

Será outra maneira de agradecer, disse, aos líderes continentais e mundiais como Fidel Castro e também Hugo Chávez, da Venezuela, por esta cooperação desinteressada que nos permitirá no próximo 20 de dezembro nos transformar no terceiro país da América Latina livre de iletrados.

Morales recordou que também em 1952, o povo boliviano e suas organizações sociais marcharam com fuzil no ombro por reivindicações sociais, como o acesso aos conhecimentos e para serem donos de seus recursos naturais.

A alfabetização, afirmou, que atinge pela primeira vez a prioridade do Estado é uma conseqüência dessas lutas.

O presidente explicou que a campanha chamada “Eu, sim posso” é parte vital da Revolução democrática e cultural, e que não terá retrocesso.

Para concluir todo esse processo de mudança, disse, com mais de 800 mil pessoas alfabetizadas, iremos às urnas no próximo 25 de janeiro para votar a nova Constituição para refundar a Bolívia.

Também instou aos cochabambinos e à população em geral a se declarar livre da ingerência estrangeira, em particular a dos Estados Unidos, cujas agências antidroga e de cooperação internacional, foram denunciadas por conspirar contra o governo.

Nesse sentido, referiu-se à recente reunião em Washington do Grupo dos 20, as nações mais ricas, mas responsáveis da atual crise financeira mundial, enfatizou.

Morales assinalou que no próximo 26 de novembro, em Caracas, os países membros da Alternativa Bolivariana para os Povos da América (ALBA) também debaterão as vias para consolidar a cooperação frente à débâcle do sistema capitalista.

Em outra parte de seu discurso,chamou a legisladores e dirigentes das organizações sociais a trabalhar sem descanso pela implementação da nova carta magna, que seguramente a oposição se encarregará de boicotar, alertou.

No ato popular, o embaixador de Cuba na Bolívia, Rafael Dausá, agradeceu a possibilidade que têm os colaboradores de seu país e da Venezuela de contribuir de maneira modesta ao atual processo de mudança.

O ministro de Educação da Bolívia, Roberto Aguilar, antecipou que para consolidar os resultados da alfabetização, em 2009 também com a ajuda de Cuba e da Venezuela, iniciar-se-á o plano “Eu sim posso continuar”, que permitirá avançar em novos conhecimentos.

A Bolívia supera já os 800 mil adultos maiores de 15 anos que aprenderam a ler e a escrever graças ao método audiovisual cubano “Eu, sim posso”.

Segundo estatísticas oficiais, até a data se graduaram 800 mil 194 pessoas, em sua maioria mulheres, o que significa 97,2 por cento do plano.

Destaca-se também que nas salas de aula permanecem 21 mil 144 participantes (alunos).

Com a ajuda de Cuba e da Venezuela também foram instalados mais de oito mil 400 painéis solares, o que permitiu levar a energia elétrica ao mesmo número de comunidades.

Algo importante do PNA é o ensino nas línguas nativas, daí que 13 mil 132 bolivianos puderam ler e escrever em idioma quechua e 22 mil 793 em aymara.

Fonte: Prensa Latina.

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