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Cuba

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QUEM TEM MEDO DE CUBA?

Em pleno feriadão, cerca de 250 pessoas, integrantes de 50 entidades (sindicatos, partidos, movimentos sociais), oriundas de 12 estados do Brasil, estiveram participando em Florianópolis da XVII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba promovida pela Associação Cultural José Martí de Santa Catarina.

De 10 a 13 de junho, a Assembléia Legislativa do Estado se transformou em palco de debates sobre a realidade cubana e também serviu de espaço para encaminhamentos de atividades solidárias àquele povo. Dos palestrantes da referida convenção, destacamos Carlos Trejo (Cônsul de Cuba no Brasil) e o general Harry Villegas (combatente com Che Guevara na África, Bolívia e Cuba).

A pergunta que fica no ar é a seguinte: O que motiva tanta gente, de diferentes agremiações ou até mesmo desvinculada de qualquer grupo, de longínquas distâncias (como é o caso da delegação do Pará), a participar de respectiva atividade?

Afinal, não estamos falando de qualquer país, de qualquer situação, de qualquer evento. Está em foco nada mais, nada menos que Cuba; a nação mais odiada e perseguida pelos governos dos Estados Unidos. A potência norte-americana que ainda hoje, apesar da crise que atravessa, exerce forte pressão política/econômica sobre todo resto do mundo para fazer valer, a qualquer custo, os seus interesses e o de suas corporações.

E ai de quem se arvora desviar de seus ditames. Talvez esteja aí um “grande pecado” de Cuba e de seu povo, que através de várias lideranças, entre as quais Fidel Castro, Che Guevara e Célia Sanchez, ousaram se libertar da opressão de Fulgêncio Batista. Presidente este que transformou a ilha num verdadeiro cassino que abrigava os mafiosos de Chicago, enquanto mantinha a maioria da população cubana na ignorância e miséria.

O povo sabia que para buscar superar essa opressão só restava a luta, a resistência. Mas não estamos falando de qualquer luta, de qualquer resistência. Estamos nos referindo a uma revolução. Mas não a qualquer revolução. Uma revolução de caráter socialista e libertário. Uma revolução que perdura há meio século, apesar de todos os ataques dos EUA: Sejam através do bloqueio econômico (condenado pela ONU) e da manutenção ilegal de presos cubanos (repudiada por 10 ganhadores do prêmio Nobel, centenas de intelectuais e renomados juristas e milhares de entidades defensoras dos direitos humanos). Sejam através de boicote a países que mantém relações comerciais com Cuba ou até mesmo constrangimento a pessoas que se declaram amigas desta nação.

Este é o “crime” de Cuba, pelo qual os Estados Unidos já julgou e condenou sem nenhum direito de defesa: Estar construindo uma alternativa de sociedade, cujos valores estão firmados na cooperação, no consumo consciente, no respeito ao meio ambiente e no direito a uma vida digna para todos os seres.  Sim, a nação cubana é desprezada e perseguida por não aceitar, não se submeter à lógica consumista, egoísta e competitiva do sistema capitalista vigente na maioria dos países.

É isto que o governo dos EUA e todos os defensores da sua ideologia não toleram. Ter que conviver com uma pequena ilha (equivalente a 1,3% da área total do Brasil), com 11,2 milhões de habitantes (menor que a população da cidade de São Paulo) que mantém uma experiência socialista sobrevivendo, apesar de todas as dificuldades enfrentadas: Seja de ordem econômica, política, territorial e de infra-estrutura (como é a questão da energia).

Deve ser muito difícil mesmo, para aqueles que se julgam donos do mundo, aceitar pelas vias democráticas, sem apelar para a violência e a mentira, a autodeterminação de uma nação, de um povo que busca decidir sobre seu próprio destino.

A XVII Convenção de Solidariedade a Cuba, recentemente realizada em Florianópolis, é apenas mais uma mostra dos milhares de encontros, simpósios, atos que são realizados nos quatro cantos do mundo. Atividades estas que buscam compreender e prestar atenção (sem ingenuidade, preconceito, estigma e pré-julgamento) à consciência e coragem de um povo que nega no seu modo de viver a doutrinação diária (através da mídia), de que não há saída à humanidade fora do atual sistema.

Por isso, não é à toa, nem por acaso que existem 2074 organizações (691 na América Latina; 837 na Europa; 211 na Ásia; 146 na África e 189 na América do Norte, destas 124 só nos EUA), espalhadas em 149 países, que prestam solidariedade a Cuba. Talvez, também por isso, uma ilha tão pequena incomoda tanto o sistema e assusta aos poderosos. Um país que causa medo àqueles poucos que querem manter sua opulência, suas extravagâncias e riqueza, em detrimento da miséria de milhões. O que era a realidade de Cuba, antes da revolução.

Se você quiser outras informações, acesse www.cubaviva.com.br

Dinovaldo Gilioli e Albertina Brasiliense, dirigentes do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis - Sinergia

www.sinergia.org.br

( artigo publicado no jornal Linha Viva 988, 18/06/09 )



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