Presidente do Parlamento cubano responsabiliza EUA por saúde de Gerardo Hernandez
A saúde de Gerardo Hernandez, cubano preso em Victorville, Califórnia, não está nada boa. Na quarta-feira, dia 28, o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón, responsabilizou o governo estadunidense pelas condições de saúde do antiterrorista. Hernandez é um dos Cinco cubanos presos acusados de violar as leis federais estadunidenses e espionar o país norte-americano.
De acordo com Alarcón, a saúde de Hernández corre perigo na prisão estadunidense. Apesar da solicitação de atenção médica vir desde abril passado, o prisioneiro foi atendido apenas em dia 20 de julho. O presidente da Assembleia afirma que o antiterrorista apresenta, aparentemente, problemas com uma bactéria que circulava entre os presos. Entretanto, ainda não se pode precisar o estado do cubano, já que não realizaram exames médicos.
Além de passar mais de três meses sem assistência médica, o prisioneiro foi levado a uma cela de dois metros de comprimento por um metro de largura sem ter cometido indisciplina. A cela é pequena e quente. Segundo o titular do Parlamento cubano, a temperatura do local supera os 35°C e a ventilação se dá apenas por um pequeno orifício no alto da parede do local, o qual ainda é dividido com outro preso.
Ademais da falta de assistência na área da saúde e de castigos, Hernandez ainda enfrenta a falta de comunicação com seus advogados justamente no momento dos trâmites dos recursos de apelação. “Gerardo [Hernández] deveria estar trabalhando com seus advogados na fundamentação do habeas corpus. Isso o governo estadunidense sabe e, neste momento, ele está sem comunicação com seus advogados, sem receber correspondência, completamente isolado e, além disso, enfermo, com riscos para sua integridade física”, destacou o presidente da Assembleia cubana.
Os Cinco
Gerardo Hernandez forma, juntamente com René González, Fernando González, Antônio Guerrero e Ramon Labañino, “os Cinco”. O grupo foi preso em 1998, nos Estados Unidos, acusado de transgredir as leis federais estadunidenses e de espionar o país. Mesmo sem acusações concretas por parte dos juízes e com inúmeras campanhas internacionais para libertá-los, os Cinco cubanos continuam nas prisões dos Estados Unidos até os dias de hoje.
por Karol Assunção.
Fonte: Adital