Vítima do terror estadunidense, Cuba é retirada de lista de países “patrocinadores do terrorismo”
Manifestante cubana segura cartaz com a seguinte palavra de ordem: "Abaixo o terrorismo" Por Granma.
Do Diário Liberdade
Na última sexta-feira (29/05) os EUA retiraram Cuba da lista de países "patrocinadores do terrorismo".
Um dia depois do anúncio (30/05), o jornal Granma - órgão oficial do Partido Comunista Cubano -, afirmou em artigo que Cuba saiu de uma lista da qual jamais deveria ter feito parte.
Para o jornal a definitiva exclusão de Cuba da lista não implica em um alívio do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA sobre a ilha.
Em 1982 o então presidente Ronald Reagan incluiu, arbitrariamente, Cuba na lista por seu apoio à causa revolucionaria na América Latina e no mundo. A inclusão de Cuba na lista terrorista, que durou 33 anos, não sofreu alteração por parte de vários presidentes estadunidenses.
Para o Granma, nem as transformações geopolíticas ocorridas ao redor do mundo durante as últimas três décadas, nem a ratificação do estado cubano com as convenções e protocolos sobre tal matéria na ONU, nem a proposta de cooperação com os EUA ao enfrentamento do terrorismo internacional e nem mesmo a apresentação de provas de como Cuba tem sido vítima de centenas de ataques terroristas, que ocasionaram a morte de milhares de pessoas, fizeram os EUA mudarem de opinião.
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Em reportagem sobre o tema, a rede de televisão TeleSUR disse que a exclusão de Cuba da lista marca "o fim de 33 anos de injustiças contra o povo cubano".
A cubana Betina Corcho conheceu o terror quando tinha 12 anos. Em 1974 uma explosão de uma bomba na Embaixada de Cuba em Portugal matou sua mãe. Foi um ato terrorista promovido desde EUA para tentar destruir a Revolução Cubana e provocar dor no povo cubano.
"Nesse dia, 5 crianças ficaram órfãs: 3 de mãe e 2 de pai. 5 crianças que tinha idade entre 4 e 12 anos. Eu era maior e só tinha 12 anos. Realmente, viver durante 39 anos, 5 crianças - que já são homens e mulheres - com esta dor é bastante duro. E pensar que chamam os cubanos de terroristas, isso é algo muito injusto", declarou indignada a filha da diplomata morta em 1974.
Assista:
Ignorada pela grande mídia, Cuba sofreu milhares de ataques terroristas depois que fez a revolução de 1959. Calcula-se que mais ou menos 4 mil pessoas morreram por responsabilidade dos Estados unidos ou de grupos apoiados por Washington.
Nos primeiros 15 anos da revolução a CIA organizou aproximadamente 5.780 ações terroristas contra o povo cubano. Já contra o líder da Revolução, Fidel Castro, oficialmente admitidos por ex-agentes da CIA, foram 638 atentados.
Ainda continuam na lista estadunidense três países: Irã, Síria e Sudão.
Com informações do Granma, Opera Mundi, TeleSUR e Solidários.
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