Cuba
CÚPULA DOS PAÍSES NÃO ALINHADOS APROVA DOCUMENTO CONTRA O BLOQUEIO A CUBA
Sharm El-Sheikh, Egito, 16 jul (PL) O Movimento dos Países Não Alinhados expressou sua firme rejeição à adoção e aplicação de medidas coercitivas unilaterais e extraterritoriais, particularmente o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba.
Ao encerrar a cúpula o presidente egípcio, Hosni Mubarak, declarou adotada uma resolução especial similar em título e conteúdo às adotadas pela Assembleia Geral da ONU.
Nesse sentido, recordaram as 17 resoluções já adotadas pela Assembleia Geral da ONU sobre a necessidade de dar fim a essa medida punitiva contra Cuba e "numerosas outras declarações e resoluções de diferentes governos, organismos e fóruns intergovernamentais".
O documento expressa a condenação às penalizações econômicas unilaterais ou outras medidas ilegais contrárias ao direito internacional que buscam exercer pressão sobre países NOAL.
Titulado Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", a declaração sublinha que "sob nenhuma circunstância nenhum povo deve ser privado de seus próprios meios de subsistência e desenvolvimento".
O cerco econômico imposto por Washington a Havana já dura meio século e 70% dos cubanos nasceram sob o bloqueio, cita o texto, que foi apoiado verbalmente por 40 países durante os debates de especialistas e chanceleres.
Os chefes de Estado e Governo "expressaram sua preocupação pela continuação dessa política unilateral de longa duração com efeitos extraterritoriais, apesar de ter sido consistentemente recusada pela maioria dos Estados".
"A natureza extraterritorial do embargo (bloqueio), institucionalizado e sistematizado pelas leis Torricelli e Helms-Burton, causou sérios danos adicionais à economia cubana em suas relações econômicas com terceiros países", ressaltou.
Inclusive, os prejuízos se evidenciaram em transações com subsidiárias de companhias estadunidenses nas duas últimas décadas.
Também, os presidentes pediram urgência "uma vez mais ao governo dos Estados Unidos para encerrar imediatamente o bloqueio econômico, financeiro e comercial contra Cuba".
Além das transgressões às normas do direito internacional, a medida coercitiva causa grande sofrimento humano, perdas materiais, e danos econômicos e financeiros que tiveram um impacto negativo no bem-estar do povo de Cuba, concluiu.
pgh/Ucl/lcss
Fonte:Prensa Latina
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