ReproduçãoEsta terça-feira (19) marca os 120 anos de morte de José Martí
O Herói Nacional de Cuba caiu em combate em 19 de maio de 1895. Na manhã daquele fatídico dia aconteceu um sangrento confronto entre as forças lideradas pelo general Máximo Gómez e uma coluna espanhola com mais de 800 soldados.
Apesar de Martí ter ordens de não participar deste enfrentamento, ele não obedeceu e, ávido por entrar em combate, rapidamente foi abatido por diversas balas.
Desde muito jovem Martí começou a manifestar suas inquietudes sociais, patrióticas e independentistas, que o levaram a ser condenado, já aos 16 anos de idade, a seis anos de prisão e trabalhos forçados.
Em 15 de janeiro de 1875 é exilado na Espanha. Logo em sua chegada a Madri publica seu ensaio “O presídio político em Cuba”, no qual apresenta uma fundamentada e destemida denúncia das atrocidades do regime colonial.
Tudo em Martí foi uma grande entrega à causa da independência de sua pátria. Seu tom poético, sua preocupação moral e a grande simpatia que havia em seu espírito deram magnitude mundial à sua valiosa existência. É por isso que conquistou o direito de ser o Apóstolo de nossa independência.
Escreveu sobre a plena dignidade do homem, a qual definiu como um conceito ético, cuja formação depende da cultura, esta que chegou a usar como um elemento base para seu projeto emancipador. Foi claro e preciso quando advertiu sobre o perigo de copiar normas políticas ou soluções estrangeiras para resolver os problemas internos, Desta forma deu à cultura o protagonismo
na política.
Os incrédulos pensaram que com seu desaparecimento físico a revolução também morreria, mas a história tem demonstrado, até nossos dias, que suas ideias e exemplo seguem presentes.
O Herói Nacional é um exemplo a ser seguido por homens de dignidade; suas palavras continuam sendo modelo de conduta, são normas de cubanismo, fórmulas de superação individual e coletiva.
A extraordinária clareza e a certeza de pensamento “martiano” permitiu ao líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, nomeá-lo, mais de meio século depois, o autor intelectual da nova etapa de luta pela independência definitiva iniciada em 26 de julho de 1953.
Os restos mortais do Apóstolo cubano José Martí repousam no cemitério Santa Ifigênia, em Santiago de Cuba, e em cada aniversário de seu falecimento o povo lhe faz inúmeras homenagens por ser o mais universal dos cubanos.
Ilustrações singelas retratam, de forma artística, o significado de José Martí para o povo da América Latina:
Retirado de VERMELHO