JOSÉ MARTI
Cuba

JOSÉ MARTI



Herói Nacional cubano recebe homenagem em aniversário 114 de sua queda.

HAVANA, Cuba, 19 maio (ACN) O Herói Nacional de Cuba José Martí recebeu o tributo dos habitantes de Santiago de Cuba no 114º aniversário de sua queda em combate. O cemitério de Santa Ifigênia, onde jazem seus restos, foi testemunha da cerimônia solene dedicada a essa data.

Os soldados da guarda de honra colocaram ao pé do monumento no Mausoléu de José Martí, as coroas de flores enviadas por Fidel e Raúl Castro, pelo povo de Cuba e pelos Conselhos de Estados e de Ministros.

Durante o dia, cadetes da Escola Nacional de Tropas Especiais “Baraguá” e alunos da Escola Militar “Camilo Cienfuegos” de Villa Clara, cuidaram do túmulo do Mestre.

Estes jovens se somarão à guarda de honra rendida ao Apóstolo em sua tumba a propósito da efeméride, e em datas como o 24 de fevereiro, 28 de janeiro, 10 de outubro e 02 de dezembro (respectivamente dia do levantamento armado em Baire, natalício de Martí, começo das lutas pela independência e desembarco do iate Granma).

A atividade patriótica contou com uma representação do povo de Santiago e esteve presidida por Lázaro Expósito, membro do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e primeiro secretário dessa organização na província, dirigentes, e oficiais das Forças Armadas e o Ministério do Interior.

José Martí caiu em combate em Dois Rios, em 19 de maio de 1895, abatido por uma bala espanhola.

FONTE: Agência Cubana de Notícias.

Fonte: Prensa Latina

Leia também este excelente texto publicado no Granma:

Cuba não deixou Martí morrer

"A morte não é verdade, quando
se cumpriu bem a obra de toda a vida."
José Martí

Yenia Silva Correa

• JOSÉ Martí teve um privilégio que poucos tiveram: é tão vasta sua obra, que não o deixou morrer. A transcendência de seu pensamento e a vigência de sua prédica se constatam na sociedade que Cuba constrói para seus cidadãos, um modelo social que constrasta com um mundo capitalista que o Herói Nacional o qualificou de monstruoso e que, atualmente, é cada dia mais selvagem.

Fiel herdeiro do ideário martiano, o povo cubano torna sua unidade em torno ao Partido, a Fidel e a Raúl, a arma principal da Revolução. Na foto, momento da marcha de 1º de maio, frente ao monumento ao Apóstolo que leva seu nome, na Praça da Revolução.

Fiel herdeiro do ideário martiano, o povo cubano torna sua unidade em torno ao Partido, a Fidel e a Raúl, a arma principal da Revolução. Na foto, momento da marcha de 1º de maio, frente ao monumento ao Apóstolo que leva seu nome, na Praça da Revolução.

Apenas começava a guerra de 1895 e, já em 19 de maio, a Revolução perdia sua principal figura e organizador na emigração, que reunia em seu proceder e seu verbo o ponto culminate do pensamento revolucionário do século 19.

Após sua queda e três anos de combates contra a decadente metrópole espanhola, não sobreveio a República de justiça e igualdade à qual tantos desvelos e sacrifícios dedicou nosso Herói Nacional no exílio. O triunfo dos mambises sumiu nas armadilhas colocadas oportunamente pelos Estados Unidos.

Recém-inaugurada a pseudorrepública, num ambiente constitucional sem independência, é reconhecida a necessidade de continuar a missão inconclusa de Martí para obter a soberania arrebatada. "Se não praticarmos de novo as doutrinas e não observarmos os métodos do Apóstolo, sua obra ficará descumprida". Isso dizia Juan Gualberto Gómez nos primórdios do século 20 e suas palavras não foram letra morta.

Quando o tempo deslocou a geração que conheceu o Mestre e lutou junto a ele por Cuba, outros se identificaram com seu pensamento independentista e revolucionário.

Na segunda década do passado século, figuras de vanguarda como Rubén Martínez Villena e Julio Antonio Mella, retomaram de Martí — nas condições sociais e políticas de seu tempo — concepções como a necessidade de fundar um partido para dirigir e unir e manter o eterno vínculo com a classe operária, força motriz da revolução.

Seguiam o caminho de Martí, o mesmo que fundou o Partido Revolucionário Cubano e aglutinou os emigrados cubanos de Tampa e Key West em prol da causa independentista.

A continuidade do legado martiano caracterizou-se pelo anti-imperialismo. Com sua visão vaticinadora dos fatos advertiu sobre as intenções dos Estados Unidos com Cuba e a América Latina e o tempo deu-lhe a razão. A nova potência americana baseou seu poder político no hemisfério na dominação econômica.

Quando mais se evidenciou o carácter imperialista da política estadunidense em relação à maior das Antilhas, mais vozes cubanas se levantaram denunciando a ingerência e a humilhação que impunha a nação do Norte; maior vigência tiveram os discursos e ensaios que Martí pronunciou e escreveu nos Estados Unidos prevendo o perigo que representariam para Cuba e a América Latina.

Apesar de o pensamento revolucionário, anti-imperialista e independentista de nosso maior pensador ter repercussão na ação e no pronunciamento de importantes figuras dos primeiros anos do século 20, não foi até a década de 1950 que toda uma geração se apropriou de seu ideário, decidida a materializar pela via das armas, a única possível, a Revolução antes frustrada por inexperiências e erros.

Novamente, como nos tempos do Mestre, preparou-se secretamente uma expedição a Cuba, juntaram-se todas as forças em torno a um objetivo comum e começou a luta pelo leste do país, só que, desta vez, se conseguiu a vitória. Assim como José Martí sintetiza o mais elevado do pensamento revolucionário cubano do século 19, conjugando o ideal libertário com uma visão humanista e latino-americanista, a partir de 1959 nasceu em Cuba uma nova sociedade, baseada em princípios fundamentais de seu ideário.

Foi então que o legado do Herói Nacional atingiu sua maior dimensão. A dignidade plena do homem e o humanismo, unidos ao anti-imperialismo e ao latino-americanismo, são valores que a Revolução cubana defende, herdados da ética martiana.

Por isso, Martí não viveu e morreu em seu tempo. Renova-se em cada circunstância, em cada nova batalha, tornando-se guia e alicerce de uma nação que soube ser consequente com sua história.

Fonte: Granma



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