Na capital gaúcha torcedores do Mundial conhecem a verdade sobre a prisão nos EUA dos Cinco antiterroristas cubanos.
Cuba

Na capital gaúcha torcedores do Mundial conhecem a verdade sobre a prisão nos EUA dos Cinco antiterroristas cubanos.


Foto: ACJM/RS - Militantes da ACJM/RS no Largo Glênio Peres, Centro Histórico de Porto Alegre.
A entrega de um panfleto – escrito em português, inglês e espanhol - e a exposição de painéis e outdoors em pontos estratégicos da Capital visa a chamar a atenção, durante a Copa do Mundo, sobre uma das maiores farsas da atualidade cometida pelo governo, a mídia e a justiça dos Estados Unidos para sequestrar, prender e condenar Cinco antiterroristas cubanos a severas penas que chegam a duas prisões perpétuas e mais 15 anos.
Vânia Barbosa, Jornalista e coordenadora do Comitê pela Liberdade dos Cinco antiterroristas cubanos no RS.
Foto: ACJM/RS – João Pedro Stedile, economista e Coordenador da Via Campesina.
Desde o primeiro dia do campeonato mundial militantes da Associação Cultural José Martí do Rio Grande do Sul, organizados em grupos, saem às ruas da Capital do Estado para intensificar a denúncia sobre a prisão, há quase 16 anos, nos Estados Unidos, de Antonio Guerreiro, Fernando Gonzáles, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González, quando monitoravam organizações terroristas em Miami para evitar novos e brutais ataques contra a Nação cubana.
Torcedores brasileiros e de outros países como Honduras, Canadá, Nigéria, Coreia do Sul, Austrália, Argentina, Estados Unidos, França, Holanda, entre outros, recebem um panfleto com informações sobre as manipulações e irregularidades cometidas nos processos que condenaram os Cinco a injustas prisões.
O destaque da campanha é o pedido para que Barack Obama faça justiça e utilize suas prerrogativas constitucionais para libertar Gerardo, Ramón e Antonio, condenados, sucessivamente, a duas prisões perpétuas mais 15 anos de prisão, 30 anos de prisão e 21 anos de prisão e 20 meses. Os três antiterroristas foram presos junto com Fernando González Llort e René González Schwerert, libertados após cumprir a totalidade das condenações e sem receber qualquer indulto ou gesto humanitário do governante norte-americano.
A exposição de painéis e outdoors em locais de grande circulação na Capital é outro recurso utilizado na campanha para despertar a curiosidade da mídia e da população sobre quem são Ramón, Gerardo e Antonio e porque Obama deve libertá-los. Os principais painéis ficam localizados em duas importantes estações do Metrô: Mercado e Aeroporto, que ligam a denominada Rota Protocolar da Copa 2014 ao Estádio Beira Rio. Outros painéis estarão em pontos estratégicos como no Bairro Cristal - caminho para a Zona Sul da cidade -; Br.290, na Free-Way -rota para  municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte -  e nas esquinas da  Ipiranga e Assis Brasil, duas principais Avenidas da Capital.
Foto: ACJM/RS – Militantes da ACJM/RS concluem montagem dos painéis na passagem da Estação Mercado do Metrô.

Foto: ACJM/RS – Militantes da ACJM/RS concluem montagem dos painéis nas escadarias do Metrô da Estação Mercado
A Associação José Martí também reforça o apoio para a divulgação da campanha nas mídias sociais e outras apoiadoras, além do Centro Aberto de Mídia , organizado pela Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado para a imprensa não cadastrada pela FIFA e que prevê a participação de 250 jornalistas/ dia. Militantes da solidariedade com Cuba que vivem no interior do Estado já estão em contato a Associação para solicitar o material e aderir à campanha em seus municípios.
Os pontos para a panfletagem seguem os locais que formam  o denominado “Caminho do Gol”, como o Mercado Público e o Largo Glênio Peres, com grande acesso aos torcedores internacionais e brasileiros. Também onde ocorrem as atividades de transmissão de jogos, culturais e de lazer, como o Anfiteatro Pôr do Sol; nos Territórios da Paz nas Vilas Restinga, Cruzeiro, Lomba do Pinheiro, Bom Jesus e Rubem Berta. Ainda, nos Parques Harmonia e Farroupilha, na Usina do Gasômetro, além de outras opções como bares localizados nos Bairros Cidade Baixa e Centro Histórico de Porto Alegre, entre outros.

Foto: ACJM/RS Torcedores argentinos recebem panfleto e apoiam a campanha pela libertação de Gerardo, Antonio e Ramón.
Ao avaliar a campanha, o presidente da Associação Cultural José Martí/RS, Ricardo Haesbaert, destacou que a proposta foi apresentada pelas delegações do Brasil e da Argentina, durante o IX Colóquio pela Liberdade dos Cinco e contra o Terrorismo, ocorrido em Holguín (Cuba), em outubro de 2013. As delegações consideraram a importância de uma permanente mobilização e a busca de novos espaços e apoios capazes de fortalecer a luta pelos Cinco.
“É impossível silenciar quando sabemos que Washington forjou um processo absolutamente inconsistente para condenar Cinco inocentes”, afirma Ricardo. “E tudo com o apoio da mídia visando a manipular o processo de condenação dos Cinco e omitir da maioria dos estadunidenses uma sanção autoritária e ilegal e que também tem origem na permanente política de hostilidade contra a Ilha Caribenha”.
Foto ACJM/RS: Militantes da ACJM/RS com torcedores no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre.
Muitas pessoas ficam surpresas ao saber da detenção e condenação dos Cinco heróis cubanos – como são chamados em Cuba e pela solidariedade internacional -, um caso que vai além de uma farsa jurídica, pois implica em violações aos direitos fundamentais garantidos aos Cinco e à própria Constituição estadunidense.
Ao ressaltar a importância do espírito internacionalista para entender a solidariedade com os Cinco e os seus princípios humanitários, Ricardo Haesbaert lamenta que uma grande parte da esquerda brasileira ainda hesita em apoiar de frente a campanha, ou silencia mesmo sabendo que Antonio, Fernando, Gerardo, Ramón e René são inocentes e estavam nos Estados Unidos para evitar as brutais agressões contra o seu país. E mais, conclui Haesbaert, também contribuíram para desvendar ao mundo uma grande rede terrorista mantida pelos governos estadunidenses, e que inclusive tem estreita relação com os ataques à soberania de países da América Latina.
     

    

Fotos: ACJM/RS – (E) Luiz Henrique, dirigente da Central Única dos Trabalhadores – CUT,  (D) Miguel Stedile, jornalista e militante da Via Campesina  e  Amerí ro Espíndola, servidora pública, apoiam a campanha.
Retirado de ACJM/RS



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