RESISTÊNCIA CONTINUA NA CAPITAL E NO INTERIOR DE HONDURAS
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RESISTÊNCIA CONTINUA NA CAPITAL E NO INTERIOR DE HONDURAS



15 ago (Prensa Latina) A dura repressão dos corpos especiais anti-motim e o vasto deslocamento militar em Honduras não têm freado a resistência popular, segundo destacaram dirigentes da oposição.

Membros da direção regional da Frente Nacional contra o Golpe de Estado no norte do país confirmaram que a população voltará a sair às ruas apesar da brutalidade dos corpos de repressão contra os manifestantes ontem.

A Frente também convocou, nesta capital, uma nova jornada contra o golpe de Estado feito no ia 28 de junho, quando as marcas deixadas pelo ataque policial e do exército às marchas de oposição realizadas na terça e na quarta-feira passadas ainda estão frescas.

Os corpos repressores agrediram ontem uma manifestação de apoio ao Estado de Direito na cidade de Choloma, sede das indústrias maquiladoras no país, situada no caminho para Puerto Cortés, o maior porto de Honduras.

Um canal de televisão transmitiu ontem à noite as imagens, quando os órgãos anti-motim golpeavam duas mulheres com seus cacetetes em Choloma, cidade próxima a San Pedro Sula, a segunda maior da nação, 250 quilômetros ao norte da capital.

"Andavam como loucos por todo o município, atirando bombas (lacrimogêneas), provocando as pessoas", relatou o professor Gustavo Mejía à emissora de rádio Balón, de Tegucigalpa.

Mejía assegurou que quanto maior seja a repressão do governo de facto, mais forte é a resistência do povo.

O presidente da Confederação de Patronatos de Honduras, Marcos Antonio Garay, expressou à emissora sua indignação com a brutalidade dos agentes policiais contra a população.

Garay apontou que a constante repressão pretende - sem êxito - aterrorizar e desmobilizar a resistência da população organizada na Frente Nacional.

"Aqui ninguém se rende. Até que não se restitua a ordem constitucional, nos manteremos na resistência e estamos dispostos a ir até as últimas conseqüências", afirmou.

Garay confirmou que os opositores ao golpe militar voltarão a se mobilizar neste sábado na cidade da Lima, também próxima a San Pedro Sula.

O coordenador geral da Frente, o dirigente sindical Juan Barahona, anunciou que na capital a resistência se concentrará na sede do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Bebidas e Similares (STIBYS).

O dirigente indígena Salvador Zuñiga destacou, em discurso proferido ontem ao término de uma marcha na capital, que a resistência não cessará, apesar de viver momentos difíceis, enfatizando que dias de vitória chegarão mais cedo do que tarde.

ocs/rl/cc

Fonte:PRENSA LATINA



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