Cuba



Cuba, a história é outra

por Regina Ferreira - jornalista


Estou humano, em Cuba, é o maior valor que a revolução produziuIr a Cuba é sentir um êxtase demasiado, isso porque são tantas coisasque se falam negativamente que na verdade a realidade é outra.

Quando resolvemos ir a Cuba, quando digo nós, é que fui acompanhada pelo fotografo profissional Alberto Coutinho, que teve a idéia, e eu me sentir atraída por fazer minha primeira viagem internacional para um país onde a educação e a saúde são prioridades do governo.


Ficamos maravilhados em poder sair às ruas a qualquer hora da noite com equipamentos fotográficos sem se quer sentir receio ou medo. Não vimos pedintes nem mendigos. Conhecemos pessoas hospitaleiras, atenciosas, parecidas com os brasileiros. Nas ruas, nas casas, nos prédios, nos bares, nas esquinas, nas praças reina o patriotismo e é muito forte o nacionalismo no dia a dia do cubano, há fotos dos revolucionários e bandeiras em cada canto da cidade.


Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos. estão por toda parte. Afinal de contas o povo comemora 50 anos da Revolução. A historia de um pais que fez história que abalou o mundo e manteve-se em um regime socialista, apesar de toda uma evolução global. No entanto, conseguiu que a educação e a saúde fossem prioridade e fundamental, onde o capital humano é o maior valor que a revoluçãoproduziu. Ah! Se nós brasileiros pelo menos tivéssemos educação o país não penaria tanto com tanta corrupção, com a falta de impunidade que impede o desenvolvimento do Estado.


O clima! bem parecido com o nosso, o entardecer é quase às 20 horas, e pode ser contemplado sentado na balaustrada do Malecon, é a orla dos cubanos, parecida com a Barra, onde a qualquer hora tem gente admirando a brisa, o mar, namorando, tomando rum, pescando, dançando e jogando conversa fora. As praças bem conservadas onde as crianças podem brincar no local reservado só pra elas. Constatamos também a dedicação dos professores dentro e fora das salas de aulas e quando levam seus alunos para uma aula de arte em plena praça na antiga Havana Velha.


Durante uma semana que passamos em Cuba não teve uma só vez que não me confundisse com a mulher cubana, pois as características físicas são bem semelhantes com as das brasileiras e com as baianas. Mulheres morenas, nadégas e seios grandes e o jeito descontraído. Acredite, lá não existe racismo. Eles não fazem distinção do preto ou branco, pra eles somos todos irmãos. As cubanas tem um jeito muito familiar, além disso, se vestem com roupas coloridas e fazem penteados bem criativos.


E não é que nas caminhadas pelas ruas de Havana Velha encontramos uma barbearia com o nome da Bahia? Em direção a Praça da Revolução, onde acontece grande concentração populacional para ver e ouvir o comandante Fidel, conhecemos o musico cubano Pedro Rodriguez, 56, (que fez questão de nos acompanhar até a Praça da Revolução), fomos conversando durante o caminho sobre de como é viver em, Cuba, falamos da política, da musica, e das dificuldades que país passa com o bloqueio econômico. Pedro foi taxativo ao dizer que a vida é muito difícil devido o bloqueio econômico, ‘falta calçados, roupas, produtos de higiene e são poucos os países que manda ajuda.’e falta dinheiro, dinheiro... Pedro, falou ainda do sucesso das novelas brasileiras, (atualmente está passando As três irmãs) que o povo cubano adora assistir pelas paisagens queaparecem e pelos artistas, e disse ainda do sonho de conhecer oBrasil. “Brasil mui interessante, samba, mulher brasileira,cantar no Brasil.”


Havana recebe turistas de quase todos os lugares, que ficam encantados com a beleza da cidade, com os bares com música ao vivo de boa qualidade, musica caliente, rumba, salsa, e boa gastronomia, sem falar da cerveja “Bucanneiro”. Os turistas também ficam encantados com a quantidade e a qualidade dos artesanatos que são produzidos e vendidos na Havana Velha que lembra o Pelourinho, diferencia na arquitetura colonial, onde os prédios imperam com suas colunas monumentaisformando uma harmonia incomparável.


Quem não foi a Cuba, aproveite para ainda andar nos carros dos anos 50, em perfeito estado de conservação que não deixa nada a desejar comos atuais carros que temos no Brasil. Ainda andar no exótico CocoTaxi, que é mais barato que o convencional, ou ainda andar decharrete ou bicicleta fazendo um percurso agradabilíssimo. E ainda tomar o delicioso e famoso sorvete na Copellia. Isso sem falar dos charutos que podem ser adquiridos diretamente da fabrica, no Centro deHavana.


DicasPara ir a Cuba é melhor verificar os preços de pacotes, saindo de SãoPaulo ou do Rio de Janeiro. As agências de turismo de Salvador não tempacotes diretos (e ficaram surpresas em saber que o destino era Cuba), isso porque o destino não é procurado pelos baianos.


Roteiro que fizemos: Salvador X São PauloSão Paulo X PanamáPanamá X Cuba.


A moeda para o turista é o peso cubano convertível, o euro é fácil decambiar, em cada esquina tem uma agência de cambio. Uma semana (foi otempo que passamos), é suficiente para conhecer os pontos turisticosmais visitados. É preciso tirar o visto para entrar em Cuba, o que não é difícil, pois o Consulado que fica em Brasília, oferece todas asinformações por telefone ou pessoalmente. O melhor período para viajar para Cuba é de abril a dezembro.


Fonte: ZENILTON MEIRA




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