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O POVO HONDURENHO RESISTE!
Cresce tensão em Honduras à medida que prolonga-se a crise.Tegucigalpa, 21 jul (Prensa Latina) A tensão política continua ganhando graus em Honduras quando a resistência pacífica chegou hoje a seu dia 24 e o governo de facto mantém sua negativa a uma solução negociada da crise.
Em um ato ontem, em frente à sede do Congresso, um discurso de uma mulher humilde chamou a atenção, não só pela graça de sua linguagem de gente singela, senão pela clamor a radicalizar a luta antigolpista.
Se a "cantando de galo" entraram, a "cantando de galo" vamos sacá-los, exclamou, no meio de uma ovação dos que assistiam o ato, convocado pela Frente Nacional contra o Golpe de Estado, que aglutina aos setores populares.
Não há formas de medir até onde atinge esse sentimento de ira popular que pode explodir a qualquer momento, como a pólvora diante de uma faísca, mas algumas pessoas consultadas consideram que é muito amplo.
A direção colegiada da Frente faz constantes chamados a manter o caráter pacífico dos protestos e inclusive criou uma comissão de disciplina para evitar incidentes com os militares ou atos com vandalismos.
Do outro lado desta moeda, o presidente de facto, o empresário Roberto Micheletti, disse ontem que se manterá no posto até o dia 27 de janeiro de 2010, quando vence o período do estadista deposto, Manuel Zelaya.
O regime surgido com a ação militar do dia 28 de junho recusou as propostas de solução ao conflito, do mediador, Óscar Arias, presidente da Costa Rica, para reinstalar Zelaya virtualmente atado de pés e mãos.
A Frente antigolpista decidiu prosseguir nesta terça-feira suas manifestações pacíficas, com marchas e atos em Tegucigalpa e outras zonas do país.
No entanto, as três centrais sindicais de Honduras convocaram hoje uma greve nacional para a quinta-feira e sexta-feira próximas contra o golpe de estado e em demanda do regresso de Zelaya.
O presidente da Federação Unitária de Trabalhadores (FUTH), Juan Barahona, informou à Prensa Latina que nesses dias voltarão a greve os seis sindicatos do magistério nacional.
Os professores retornaram às aulas ontem depois de uma greve de três semanas iniciada um dia após a ação militar, numa estratégia de luta que inclui três dias de aulas e os restantes nos protestos.
Barahona acrescentou que as demais forças populares da Frente Nacional realizarão também ações como a tomada de estradas, pontes, instituições públicas e outras para paralisar o país.
Vamos golpear aos golpistas onde mais lhes dói: em seus bolsos, assegurou Barahona.
Esta luta não se deterá até a derrota dos golpistas e que seja restabelecida no país a ordem constitucional, sublinhou.
rc/rl/bj
Fonte: PRENSA LATINA
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